Nota do SINDIPAMPA em relação a nova consulta do Projeto FUTURE-SE

Nota do SINDIPAMPA em relação a nova consulta do Projeto FUTURE-SE

Em 17 de Julho de 2019, o MEC apresentou o Programa Universidades e Institutos Empreendedores e Inovadores – FUTURE-SE, que foi fortemente rechaçado pelas Instituições Federais de Ensino, pelo movimento estudantil e pelos sindicatos ligados à área da Educação. O projeto não possui nada de inovador, pelo contrário, é na verdade um grande retrocesso, pois ataca a autonomia universitária e entrega as universidades à iniciativa privada, atrelando a produção do conhecimento a interesses econômicos e financeiros.

A UNIPAMPA, em sua 89ª Reunião Ordinária do Conselho Universitário, realizada no dia 12 de Setembro de 2019, deliberou pela NÃO ADESÃO da Instituição ao Programa Future-se, proposto pelo Governo Federal. Porém, em 14 de Janeiro de 2020, atendendo a uma nova solicitação do MEC, abriu o que chamou de “nova rodada de discussões do FUTURE-SE”, com a justificativa de que o programa teria recebido modificações, e que seria possível o envio de contribuições ao MEC até o dia 24 de Janeiro. Importante salientar que a discussão dentro da UNIPAMPA se daria até o dia 19 de Janeiro, ou seja, um dilatadíssimo prazo de 5 (CINCO) DIAS para discutir um projeto que altera de forma frontal o financiamento da educação pública superior do país em um período de férias acadêmicas.

Nós do SINDIPAMPA mantemos a nossa posição contrária a esse projeto que, apesar das modificações apresentadas na nova proposta, mantém a mesma lógica perversa, mercadológica e de ataque a educação pública, direcionando os rumos da Universidade à privatização. Atrelar a adesão ao programa FUTURE-SE com o acesso a recursos financeiros da iniciativa privada para a manutenção e investimentos em pesquisas e inovação tecnológica revela a intenção do governo em entregar o patrimônio público aos interesses privados.

Portanto, a categoria de Técnicos Administrativos em Educação, não realizará nova discussão sobre o tema, por entender que a mesma já foi realizada e referendada em Conselho Universitário, assim como entende que um debate sério, que beneficie de fato a educação pública e de qualidade, deve ser realizado num período letivo, com prazos maiores e com diálogos entre as IFEs, o MEC, os Sindicatos e outras entidades educacionais, o que não ocorre neste governo.

Por Cris Ricordi, Eduardo Chagas, Graciela Suterio, Lidiane Lima e Tônia Ribeiro

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Cris Ricordi

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