Na noite de 26/9, no auditório do IFSul Campus Jaguarão, aconteceu a Audiência Pública da Camara de Vereadores, para debate do Projeto Future-se. Na oportunidade, a TAE Tônia Ribeiro representou a categoria dos Técnicos Administrativos em Educação – SINDIPAMPA.
Tônia falou da importância de defendermos uma educação pública superior como direito de cidadania da classe trabalhadora.
Como forma de fundamentar um discurso coerente e alinhado com os interesses da categoria dos TAE’s, o SINDIPAMPA buscou anteriormente um espaço de discussão e apresentação do texto produzido pela FASUBRA para colaborar com o debate público sobre os impactos do FUTURE-SE.
Falou ainda sobre a postura da comunidade acadêmica que integra as instituições públicas de ensino superior na rejeição desse projeto que promove um verdadeiro ataque à educação pública, direcionando os rumos da Universidade à privatização.
O governo Bolsonaro ao desresponsabilizar o estado com da garantia de orçamento público para a área da educação tem a intenção de ferir os princípios da gestão democrática e autônoma das instituições federais de ensino superior.
A ascensão de governos de ultradireita nos direciona a necessidade de organização da classe trabalhadora para resistir aos ataques que as áreas sociais vêm sofrendo. Assim foi com a seguridade social e se estende à educação na medida em que o governo barganha o seu poder político de maneira desonesta, contingencia e corta verbas necessárias para a garantia da manutenção das instituições. O projeto FUTURE-SE se apresenta no cenário onde essas instituições estão ameaçadas e sem condições de manter as suas unidades funcionando com os escassos recursos que acessam.
Não restam dúvidas que a retirada definitiva dos recursos públicos para a educação, com a implantação do FUTURE-SE, constitui uma política de evidente traço ideológico ultraliberal. Por isso, assistimos diariamente a covarde tentativa de desmoralização das IFES que são acusadas de espaços de dominação e balbúrdia.
O projeto FUTURE-SE prevê a busca de recursos junto aos mercados como condição vital para o financiamento do ensino superior. Na medida em que as Organizações Sociais estiverem adentrando os espaços das instituições públicas de ensino superior, os trabalhadores passam a ter que responder aos interesses desse mercado.
Fica evidente o risco que se apresenta para a carreira dos TAE’s como, por exemplo, a nossa conquista pelo PCCTAE que hoje nos garante direitos importantes como a progressão na carreira, incentivo à qualificação, entre outros.
O SINDIPAMPA está atento aos debates e as ações de resistência contra qualquer ofensiva do estado em relação à manutenção da educação pública.